sábado, 31 de dezembro de 2011

Amor de cão

Estou apaixonada..

Confesso, estou completamente apaixonada por uma criaturinha de 25cm e 3,2Kg tão coberta de pelos brancos e pretos que não conseguimos ver os olhos ou a boca dela. No caso, os olhos ou a boca dele, a criaturinha é ele.

Primeiro dia do Benji no novo lar

Benjamin é um Shiht Zu que completou dois meses de vida dia 09 de dezembro e está comigo desde meados de novembro.  Foi a aquisição mais desejada e menos pensada que eu fiz no ano. Já estava preparando meu psicológico desde março para ter um filhotinho, mas me faltava a decisão final.

Um belo dia sentei no sofá, olhei para a minha família e falei “vou comprar um cãozinho”. E eles sabiam que quando eu disse isso em dois dias no máximo eu apareceria em casa com um filhotinho. Dito e feito.
Pesquisei raças de pequeno porte que pudessem ficar dentro de casa. Sempre fui encantava pelos Pugs engraçadões, já tinha até nome para ele. Mas algo como investir mais de R$1,2 mil, fora os cuidados extras, me fez repensar.

Meu bom senso primeiro me levou a uma feira de filhotes para adoção, por que nada como cuidar de um cachorrinho abandonado que precise de carinho e cuidado. Mas quando cheguei à feira me assustei. Todos os cães eram cães adultos, tão adultos que em pé ficavam praticamente da minha altura ou ainda mais altos. Não dava para levar um cão daquele tamanho para dentro da minha casa, a não ser que eu comprasse outro beliche e, consequentemente, outra casa que tivesse um quarto extra para mais um beliche. Por que do lado de fora já tem o Mike (Michael Mozzarella Jackson), vira latinha pertencente à Dona Rosa, mãe desta que vos escreve. E que de pequeno só tem o tamanho e o apelido, o Mike sem dúvida ganha no grito de todos nós juntos e competir espaço com esse tagarela não seria nada fácil.


Enfim, no fundo eu sabia que qualquer que fosse a raça, mesmo poodle ou basset, pelos quais o meu grau de simpatia não era alto, eu iria me apaixonar. Afinal, como não se apaixonar por uma criaturinha que pula de felicidade quando te vê e agita o rabo mais de 200 vezes por minuto só de você chama-lo pelo nome?

Sim, chama-lo pelo nome. Meu chinesinho é muito esperto, ele já sabe que Benji é o apelido carinhoso e quando estou brava sai um BENJAMIN em caixa alta. Ele já sabe fazer xixi no jornal, coco ainda não, mas como essa necessidade fisiológica vem numa frequência menor que a do xixi então eu ainda tenho paciência para limpar. Ele sabe que se ficar quietinho para limparmos os olhinhos dele vai ganhar biscrok e sabe que de jeito nenhum ele pode entrar no quarto dos meus pais, ultrapassar a divisória da sala para a cozinha ou colocar a boca perto de fios, tomadas e eletrônicos. Ele é obediente, já descobriu o poder de um não.



Ele gosta de dormir dentro do guarda-roupa durante o dia, não sei se por que é possível que tenha roupas com meu cheiro ou só por que ele acha divertido. À noite, ele prefere dormir no chão do lado da minha cama do que na caminha fofa de babados azuis que comprei para ele. Se bem que nesses dias frios ele dormiu duas noites seguidas na caminha, mas a caminha foi arrastada para perto da minha cama, para meu encanto.

Ele é apaixonado por uma garrafa pet de Coca-Cola vazia, com a qual ele atravessa a casa brincando. O que me faz rir e me deixa possessa, pois ele troca todos os brinquedos que comprei para ele – patinho de pelúcia, guti guti verde, bolinha com chacoalho, mordedores coloridos – pela garrafa pet de Coca-Cola. Taí um amigo despretensioso.

Sem contar que dei o Bob para ele não se sentir tão só quando não tem ninguém em casa – cachorro de pelúcia maior que o Benji ganhado de presente de aniversário de um amigo – que ele arrasta pela casa puxando sem dó pelo rabo. E ele adora havaianas e sapatilhas, não pode ver uma que gruda os dentes nelas, quanto maior a flor ou laço da sapatilha, mais força ele coloca na mordida, e você tem que fazer uma troca com ele, normalmente envolvendo biscrok, a moeda canina.
Garrafa pet de coca cola ou patinho de pelúcia?
E por falar em Biscrok, tenho que parar de dar tanta comida para ele. Foram 3 kg de ração em um mês que acabou dando o direito de chama-lo de gordinho. E não quero ninguém chamando meu filho de gordo, isso é bullyng. Mas sou uma mãe de primeira viagem que aprende rapidinho com os próprios erros. Dá-lhe corridas pela casa com ele para perder os quilinhos a mais. Não vejo a hora de ele completar a vacinação para que possamos sair juntos passeando pela rua.

Ahhhhh, e ele tem cócegas, suas patinhas traseiras enlouquecem quando fazemos carinho na sua barriga. E adoro ele com os pêlos da cara todos molhados,  contrariando a dona do canil que disse que era melhor que eu comprasse aqueles bebedouros super tecnológicos que não molham o pêlo do cão. Que nada dona, não tem coisa melhor que teu cãozinho pulando em você todo molhado.

Quando o guarda-roupa é um bom lugar para se dormir...

Outro dia comentei no facebook que havia levado o Benjamin para a consulta a veterinária que gerou sua primeira volta no mundo lá fora. Primeira por que o trajeto canil-novo lar não contou pois ele era muito pequeno e só dormiu. Nessa saída destino consultório, onde foi tomar sua segunda vacina, coloquei a guia o mais apertado possível, e ainda assim ficou grande e rezei para que não desse a louca na chapeuzinho e ele quisesse pular do meu colo para serelepear no meio da rua. Que engano o meu, como escrevi antes, foi a vez que senti o filhote mais agarrado ao meu corpo, não soltou um pio, no caso um latido ou uma clássica resmungada de cachorro. E nunca vi um chinesinho com olhos tão arregalados para as novidades coloridas e barulhentas que o rodeavam. Foi encantador!


É gente, cachorro é tudo de bom mesmo, como diz a famosa e inteligente propaganda da Pedigree. Aqui, o Benjamin é a alegria da casa. Até meu pai que fez a cara mais feia do mundo quando o comuniquei que compraria um cachorro, agora adora o filhote. Mesmo com artrose e artrite em todos os ossos da cintura para baixo ele faz um esforço tremendo para se abaixar e pegar o Benji no colo. O que me deixa absurdamente feliz. 

Cãezinhos fofos e peludos também tem o dom de unir família e trazer uma alegria imensa para dentro de um lar. Não sei por que eu não pensei nisso antes!






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