sábado, 18 de fevereiro de 2012

Reflexões do MON



Reflexões do MON como título para esse texto chega a ser irônico, já que o símbolo do museu, um grande olho virado para a cidade curitibana, reflete o céu em seu acabamento espelhado. Chega a ser poético, como muita coisa nessa cidade.

Reflexões no MON por que hoje levei meu cão pela primeira vez na praça que tem ao lado do Museu Oscar Niemayer, informalmente chamada de Parcão, lugar que se tornou comum aos curitibanos levar seus cães para correr livremente na grama sem o risco de ser atropelado por um automóvel, e isso me gerou alguns bons pensamentos.

Bejamin está com quatro meses e pela primeira vez teve contato com a natureza lá fora e com outros cães. O susto foi grande. O coitadinho tremia, não queria brincar e mal andava na coleira. Eu descobri que sou superprotetora e só devido as indiretas da melhor amiga, consegui soltá-lo no chão e deixar que os outros cães chegassem perto dele.

Melhor amiga inclusive que chamou meu cachorro de feio, cego, lerdo e velho. Mas como melhor amiga é melhor amiga, a gente releva. Até por que quando o cão é nosso, ele pode até ser mesmo feio, cego, lerdo e velho, mas é o nosso cão.

E atualmente aprendi que tenho o poder de filtrar comentários, o que não significa que ficarei imutável diante deles. Filtrar comentários significa saber quando eles necessitam de uma retaliação ou não. Se a pessoa lhe é importante você terá total liberdade de dizer “eu te amo, mas vai tomar no cu” e continuar a amizade. Da mesma forma que damos as costas e vamos embora sem a consideração de dizer tchau quando a pessoa não nos é importante.

Enfim, em meio a grama, árvores, insetos, cachorros, rufflles, cerveja e boas companhias descobri um pedacinho da felicidade. E é exatamente agora a hora que você fala “Putz, lá vem ela de novo com esse papinho de felicidade”.

Pois é, lá vou eu, novamente. Mas dessa vez não vou me prolongar não. Só tenho uma dica: vai um dia lá no Parcão, mesmo que você não tenha um cão, senta em um banco, sente a brisa leve bater no teu rosto, admire o céu, aproveita o sol, pense na vida, agradeça aos céus as pessoas que você tem ao lado, diga a Deus que mesmo que sua vida não esteja nem 10% perto do que você imaginou para si, você ainda tem fé no amanhã, sorria com a simplicidade dos cães correndo na grama e você saberá do que estou falando.

Por que felicidade está nas pequenas coisas e que bom que eu descobri isso bem cedo.

2 comentários:

  1. Ah amiga, não é só no parcão que eu sinto a felicidade não. Na realidade a felicidade está nesse contato com a natureza e as coisas simples.

    Adoro levar a Alice pra andar de triciclo na Pç Espanha. Grama, areia, parquinho, toalha, picnic .... Tudo de bom.

    Por isso que eu acho que quem vive em shopping, em prédio, dentro de casa é muito infeliz. Cadê o pé sujo de terra? Cadê o vendo bagunçando o cabelo e aqueles percevejos malditos que não saem da calça nem da sapatilha?

    Adoro ficar jogando WoW em casa, mas essas sensações divinas só a mãe natureza tem o poder de nos proporcionar!!!

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  2. eh o que eu sempre digo...felicidade está nas pequenas coisas mesmo! nao adianta tentar buscar felicidade em grandiosos momentos, pq sempre vai querer mais e mais para achar que eh importante. entao, perceba os pequenos momentos. e que bom que descobriu-os à tempo!!! ;)

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